A imprensa estatal do Irã informou neste sábado (14), que mais de 60 pessoas, incluindo 20 crianças, morreram após um ataque israelense atingir um conjunto residencial na capital iraniana, Teerã. No mesmo dia, o Irã respondeu com o disparo de mísseis contra Israel, deixando ao menos duas pessoas mortas e 19 feridas, de acordo com o jornal The Times of Israel. Com esse ataque, o número de mortos provocados pelos mísseis iranianos chegou a três, e o total de feridos passou de 80 desde a troca inicial de hostilidades na sexta-feira (13).
As autoridades iranianas acusam Israel de ter iniciado o conflito ao promover bombardeios contra instalações militares e nucleares no território do Irã, resultando em pelo menos 78 mortes. Israel, por outro lado, afirmou que continuará a ofensiva pelo tempo que considerar necessário, justificando a operação como forma de impedir o avanço do programa nuclear iraniano.
O confronto direto entre os dois países teve início ainda na madrugada de sexta-feira, quando Israel realizou ataques aéreos que, segundo o próprio governo israelense, tinham como alvo a infraestrutura nuclear e líderes militares iranianos. Entre os mortos confirmados estão o chefe da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, o comandante das Forças Armadas, Mohammad Bagheri, além de dois cientistas nucleares. Segundo a agência iraniana Fars, além das vítimas fatais, mais de 300 pessoas ficaram feridas.
Durante a noite da sexta-feira, o Irã lançou cerca de cem mísseis contra Israel, provocando explosões em cidades como Jerusalém e Tel Aviv. Já na manhã do sábado, novos ataques foram registrados. O serviço de emergência israelense confirmou que os bombardeios iranianos elevaram para três o número de mortos em Israel até o momento.
O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, declarou que Israel cometeu um grave erro ao violar o espaço aéreo iraniano e prometeu vingança pela morte dos considerados mártires. Em nota pública, afirmou que a nação iraniana não deixará o ataque impune. Por sua vez, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, respondeu dizendo que os ataques continuarão “o quanto for necessário” para impedir que o Irã desenvolva uma arma nuclear. Ele afirmou ainda que o país atravessa um momento decisivo de sua história.
Em meio à escalada, o Irã enviou uma carta ao Conselho de Segurança da ONU acusando Israel de ser o responsável por iniciar o conflito. Ambos os lados mantêm o tom bélico e descartam qualquer recuo imediato, aumentando a preocupação internacional diante da possibilidade de uma guerra aberta de grandes proporções no Oriente Médio.
Por Bahia.BA