O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou neste domingo (13) que o governo brasileiro vai atuar para reverter a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A medida foi anunciada na última quarta-feira (9) pelo presidente norte-americano Donald Trump e deve entrar em vigor em 1º de agosto.
“Vamos trabalhar para reverter isso, porque não tem sentido essa tarifa. Ela prejudica inclusive o consumidor norte-americano. É inadequada, injustificada. Vamos acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC)”, declarou Alckmin, durante a inauguração do Novo Viaduto de Francisco Morato, na Grande São Paulo.
Segundo o vice-presidente, o governo já está em articulação com o setor privado e analisa o uso da Lei de Reciprocidade Econômica, sancionada em abril. A legislação prevê a suspensão de concessões comerciais, de investimentos e de direitos de propriedade intelectual em caso de retaliações que afetem a competitividade do Brasil no cenário internacional.
Alckmin também destacou que o Brasil não representa ameaça comercial aos Estados Unidos e reforçou os laços históricos entre os dois países. “Temos superávit americano tanto em bens quanto em serviços. O Brasil e os EUA têm uma integração produtiva. São 200 anos de amizade. O mundo econômico precisa de estabilidade e previsibilidade”, defendeu.
A carta enviada por Trump ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi o canal usado para comunicar a decisão da tarifa. A medida é interpretada por aliados do governo como uma retaliação à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF), por tentativa de golpe de Estado.
Por Bahia.BA
