segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Guajajara chega ao estado nesta segunda (22) para visitar região de conflito onde Pataxó foi morta

 

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 


Ministra dos Povos Indígenas (MPI), Sonia Guajajara informou que desembarca na Bahia, nesta segunda-feira (22), para acompanhar os conflitos que culminaram na morte de uma indígena da etnia Pataxó, no sudoeste do estado, no domingo (21).

“Esta semana uma equipe do MPI esteve na região para construir com as lideranças Pataxó Hã Hã Hãe o Plano de Gestão Territorial e Ambiental e também estão em contato direto com a Coordenação do Distrito Sanitário Especial Indígena da Bahia para garantir o cuidado com os feridos. Amanhã embarco para a região junto a uma comitiva do MPI para acompanhar de perto a situação e exigir que os responsáveis sejam identificados e que todas as medidas legais sejam tomadas”, informou a ministra, neste domingo (21), por meio das redes sociais.

Guajajara afirmou ainda que sua pasta acompanha o caso desde que recebeu as primeiras informações e disse que tem feito “interlocuções” com os ministérios da Justiça e Segurança Pública, dos Direitos Humanos, do Desenvolvimento Agrário e também com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia.

“É inaceitável o ataque contra o povo Pataxó Hã Hã Hãe que aconteceu neste domingo, na Terra Indígena Caramuru-Catarina Paraguassu, no sul da Bahia. Cerca de 200 ruralistas da região se mobilizaram para recuperar por meios próprios, sem decisão judicial, a posse da Fazenda Inhuma. O grupo assassinou Maria de Fátima Muniz, conhecida como Nega Pataxó, e baleou o cacique Nailton Muniz, que passou por cirurgia. Entre os feridos também está uma mulher que teve o braço quebrado e outros que foram hospitalizados, mas não correm risco de morte”, lamentou a ministra.

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) também se manifestou sobre o caso. Ele informou que convocou reunião com seu secretariado, contou que está em contato com o governo federal e prometeu punir os culpados.