quarta-feira, 1 de novembro de 2023

PF prende miliciano supostamente confundido com médico em ataque a tiros no Rio de Janeiro



Foto: Reprodução




A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta terça-feira (31), Taillon Barbosa, que segundo a principal linha de investigação da corporação era o alvo dos traficantes que executaram, por engano devido semelhanças físicas, o médico baiano Perseu Ribeiro de Almeida, com outros dois colegas, em um quiosque no Rio de Janeiro, no mês de outubro.

O pai de Taillon, Dalmir Barbosa, também foi preso. Investigações apontam que eles comandam a milícia que atua em Rio das Pedras, na zona oeste do Rio de Janeiro. Outras três pessoas que faziam a segurança dos suspeitos também foram presas.

A ação foi realizada em conjunto com o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Taillon havia sido preso em dezembro de 2020 e acabou condenado em junho de 2022 em processo movido pelo MPRJ. O pai de Taillon, Dalmir, também já esteve preso anteriormente. Ex-policial militar, ele foi expulso da corporação após seu nome figurar no relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instaurada em 2008 pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) para investigar as milícias.

"Líder de milícia. Foi condenado a 8 anos e 4 meses. Com 2 anos e 3 meses já estava em casa. O médico foi confundido com ele. Parabéns à Polícia Federal. Investigação conduzida com inteligência e planejamento, nenhum tiro, nenhum efeito colateral", escreveu em suas redes sociais o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli.

Ataque

O crime ocorreu na madrugada do dia 5 de outubro, em um quiosque na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca. Os três médicos atuavam fora do estado do Rio de Janeiro e estavam na cidade para participar de um congresso internacional de cirurgia ortopédica. Perseu Ribeiro, Marcos de Andrade Corsato e Diego Ralf Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL), foram mortos a tiros. Um quarto médico, Daniel Sonnewend Proença, foi baleado 14 vezes e sobreviveu.


Por: Metro1