Foto: Fotos Mídias Sociais
Operações cirúrgicas são realizadas com sedação parcial, ou sem nenhum tipo de anestesia, nos pacientes na Faixa de Gaza, devido à escassez de produtos. A maioria dos feridos são crianças e mulheres.
O alerta foi divulgado pela Organização não governamental (ONG) Médicos Sem Fronteiras (MSF) nos territórios palestinos, no sábado (28). “Faltam narcóticos, faltam sedativos, faltam opioides. A pessoa não está completamente adormecida quando deveria. Às vezes, para certas operações, é sem anestesia mesmo”, revelou Léo Cans, chefe da missão da MSF na Palestina, à agência AFP.
Cans relatou a operação, esta semana, de “uma criança de 10 anos, que teve que amputar metade do pé esquerdo sob semi-sedação, no chão do hospital, no corredor, porque todas as salas de cirurgia estavam lotadas”. O médico também se referiu ao caso de uma criança de 12 anos que teve 60% do corpo queimado.
Cans acrescenta que era “muito difícil suportar”, para os profissionais de saúde, obrigados a estabelecer prioridades de acordo com a gravidade das lesões. “Em termos de gestão da dor e do sofrimento, é terrível”, dise, pedindo o fim urgente dos bombardeios e o envio de produtos médicos.
O Ministério da Saúde palestino anunciou neste domingo (29) que o número de pessoas mortas durante os ataques de Israel à Faixa de Gaza é de 7.950. 73% dos mortos fazem parte da população vulnerável, como mulheres, idosos e crianças.
Por: Metro1
