terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Deputados entram com PDL para suspender ato de Bolsonaro que exclui MEI de artistas

Deputados entram com PDL para suspender ato de Bolsonaro que exclui MEI de artistas
Foto: Agência Brasil
Mesmo após o presidente Jair Bolsonaro anunciar o recuo  na decisão de excluir o cadastro de 14 categorias – dentre elas várias ligadas ao setor cultural – como Microempreendedores Individuais (MEI), deputados do PDT, PSOL, PCdoB e PT desconfiados das intenções do governo decidiram atuar para “evitar uma maior precarização dos trabalhadores e da cultura brasileira”.

“Primeiro, o Governo exclui do MEI uma série de profissões ligadas ao setor cultural. Depois, eles dizem que vão recuar. Só que até o momento, não publicaram a revogação da portaria”, disse o deputado Túlio Gadelha (PDT-PE) em suas redes sociais. “Como não dá pra confiar em Bolsonaro e sua trupe, acabamos de entrar com um PDL [Projeto de Decreto Legislativo]  para suspender a resolução do governo que exclui da categoria de Microempreendedor Individual (MEI) 14 ocupações e atividades, das quais algumas diretamente ligadas à área de cultura - como Músico Independente, DJ, Humorista, Instrutor de Arte e Cultura e Instrutor de Música”, declarou o pernambucano.


Na publicação, Túlio informou ainda que um levantamento realizado pelo Sebrae em setembro apontou que “33% desses microempresários registrados no MEI atuavam na informalidade anteriormente, e hoje, podem acessar vários benefícios da previdência social (INSS), como auxílio-doença, aposentadoria por idade e salário-maternidade, e até crédito”. Segundo o parlamentar, o Sebrae avalia que a mudança atingiria mais de 611 mil profissionais hoje registrados no país.


“Ao excluir essas atividades, a resolução do governo está devolvendo estes trabalhadores para a informalidade e, consequentemente, reduzindo a arrecadação dos impostos formalmente constituídos a partir da regularização destas atividades”, afirmou Túlio Gadelha. 


por Jamile Amine /BN