quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Justiça manda bloquear acesso de Hytalo Santos às redes sociais após denúncias envolvendo menores

Foto: Instagram

A Justiça da Paraíba mandou bloquear o acesso de Hytalo Santos às redes sociais em meio as denúncias envolvendo o influenciador de criar conteúdos adultizando crianças e adolescentes.

 

O pedido foi feito pelo Ministério Público da Paraíba, em uma ação civil pública. Além do bloqueio do acesso às redes, o MP-PB pediu também a proibição do contato de Hytalo com menores de idade citados no processo.

 

Outra solicitação feita pela promotora Ana Maria França, e que foi atendida pela Justiça foi a desmonetização dos conteúdos já publicados por Hytalo na web, desta forma, o influenciador não consegue retorno financeiro através desses vídeos.

 

 

O caso de Hytalo ganhou ainda mais repercussão após uma denúncia feita pelo youtuber Felipe Bressanim Pereira, o Felca, com um vídeo de 49 minutos, publicado no YouTube. Na terça (12), o Jornal Nacional exibiu uma reportagem expondo o caso.

 

Antes de Felca, outros influenciadores já denunciavam a situação de Hytalo, entre eles Andressah Catty e Fabi Bubu, donas de perfis no TikTok com mais de 1 milhão de seguidores. Desde 2024, vizinhos do blogueiro, no condomínio onde ele mora, em Bayeux, região metropolitana de João Pessoa, denunciavam Hytalo por exploração de crianças e adolescentes.

 

 

 

"Por exemplo, muitos exemplos até tarde da noite atrapalhando o sossego dos condôminos. Transitando dentro do condomínio, nas ruas do condomínio, com adolescentes. Fazendo topless na moto para exibir tatuagem nas costas. Nós começamos a receber também e coletar vídeos nos quais as crianças e adolescentes participavam de danças, de festas, estavam dentro de veículos onde tinha consumo de bebidas alcoólicas e conversas impróprias", relatou Ana Maria França, promotora de Justiça ao Jornal Nacional.

 

O termo "adultização" apresentou um aumento na busca do Google desde que o vídeo foi disponibilizado no YouTube. Entre os assuntos relacionados estão o nome de Felca, o de Hytalo, o Estatuto da Criança e do Adolescente e Denúncia. 

 

 

Na última segunda-feira (11), o Ministério Público da Paraíba (MP-PB), o Ministério Público do Trabalho (MPT) e a Polícia Civil pediram a suspensão da Fartura Premiações, empresa ligada a Hytalo, que opera rifas e sorteios com prêmios milionários, pelo uso indevido de crianças e adolescentes para promover os sorteios.

 

Hytalo também é acusado de exploração de trabalho infantil, risco de aliciamento devido à exposição digital excessiva e falta de mecanismos para impedir que menores acessem os jogos de apostas.

 

Um dos promotores do caso, João Arlindo Côrrea, investiga um possível esquema de benefícios para familiares dos menores em troca de emancipação dos adolescentes que participavam desses vídeos.


 Por Bianca Andrade/BN