segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Brasileiros resgatados da Faixa de Gaza vão para três estados e DF; governo deve manter assistência



Alojamento da Força Aérea Brasileira (FAB) em Brasília — Foto: FAB/Divulgação




O grupo de 32 brasileiros resgatados na Faixa de Gaza no fim de semana deve se dividir, ao chegar no Brasil, em pelo menos quatro cidades.


Segundo apuração do g1 e a TV Globo, os passageiros devem pousar em Brasília na noite desta segunda (13) e passar dois dias em instalações da Força Aérea Brasileira.


Além da reabilitação física e mental, devem aproveitar esse período para resolver trâmites da documentação de retorno.


No grupo que foi resgatado de Gaza, além de 22 cidadãos brasileiros (natos ou naturalizados), há 10 palestinos – três parentes de primeiro grau de brasileiros, e sete portadores do Registro Nacional de Migração (RNM) que devem receber status de refugiados.


Passado esse acolhimento inicial dos 32 passageiros, segundo apurou o g1:


  • 20 resgatados devem permanecer em Brasília;
  • 9 devem seguir para um abrigo no interior de São Paulo, definido pelos Ministério da Justiça e do Desenvolvimento Social;
  • 2 irão para Florianópolis (SC), e
  • 1 deve seguir para Porto Alegre (RS).


O grupo destinado ao interior de SP, segundo interlocutores do governo que participam da repatriação, é formado por pessoas que "perderam vínculos familiares" com parentes no Brasil e não conseguem se reinstalar de forma independente no curto prazo.


Ao longo dos últimos dias, o governo federal informou que não pretende criar um auxílio financeiro específico para esses brasileiros e palestinos. Aqueles que se enquadrarem nos critérios, no entanto, poderão solicitar o Cadastro Único (CadÚnico) e benefícios como o Bolsa Família.


A hospedagem nos abrigos e o apoio no desembaraço dos documentos de migração e refúgio, no entanto, serão mantidos pelo governo "por tempo indeterminado".


"Alguns brasileiros já têm destino certo porque já têm familiares aqui, então, serão deslocados para esses locais onde ficarão. Uma parcela significativa, quase a metade do grupo, não tem onde ficar. Mas o governo federal já disponibilizou através do Ministério de Desenvolvimento Social, nós já temos o local onde essas pessoas ficarão acolhidas. Isso vai ser no interior de São Paulo", afirmou o secretário Nacional de Justiça, Augusto de Arruda Botelho, na última sexta (10).


Por g1 — Brasília