sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

Taxa de desemprego de 2019 termina em 11%, aponta IBGE

Taxa de desemprego de 2019 termina em 11%, aponta IBGE
Foto: Marcello Casal / AgĂȘncia Brasil
O Brasil encerrou o trimestre outubro, novembro e dezembro com a taxa de desemprego em 11%, mostraram os nĂșmeros divulgados pela PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de DomicĂ­lios ContĂ­nua), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e EstatĂ­stica), nesta sexta-feira (31).

Essa Ă© a menor taxa do trimestre terminado em dezembro desde 2015, quando atingiu 8,9%, segundo os dados disponibilizados pelo IBGE. O resultado coincide com a expectativa dos economistas ouvidos pela Bloomberg, que esperavam que a taxa desemprego atingisse 11%.

Marcado pelo Natal e inĂ­cio do verĂŁo, o Ășltimo mĂȘs do ano passado ainda registrou um alto nĂșmero de desempregados, com 11,6 milhĂ”es de brasileiros que seguiam sem ocupação. Mas o nĂșmero caiu 7,1% em relação ao trimestre anterior, o equivalente a 883 mil pessoas.

O índice de desemprego também caiu, jå que no trimestre encerrado em setembro ela ficou em 11,8%. Na comparação com o mesmo período de 2018, houve queda de 0,6 ponto percentual. A média anual de desemprego ficou em 11,9%, um recuo comparado ao ano anterior, quando ficou com 12,3%. "Porém, na comparação com o menor ponto da série, quando atingiu 6,8 milhÔes em 2014, a população sem trabalho quase dobrou, crescendo 87,7% em cinco anos", disse o IBGE.

Foram 12,6 milhÔes de desocupados em média no ano de 2019, um recuo de 1,7%, ou 215 mil pessoas a menos, em relação a 2018. O trabalho informal atingiu seu maior contingente desde 2016 no Brasil, com 41,4% da força de trabalho, ou o equivalente a 38,4 milhÔes de pessoas, apesar da estabilidade com relação ao ano anterior, 2018.

“Houve um aumento de 0,3 ponto percentual e um acrĂ©scimo de um milhĂŁo de pessoas”, disse Adriana Beringuy, analista da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de DomicĂ­lios ContĂ­nua). Em dezembro, nĂșmero de trabalhadores com carteira assinada registrou 33,7 milhĂ”es, um aumento de 1,8% com relação ao trimestre anterior, enquanto o nĂșmero de trabalhadores por conta prĂłpria ficou em 24,6 milhĂ”es, 782 mil pessoas (3,3%) a mais do que o fim de 2018.

“Houve um crescimento expressivo do emprego com carteira assinada, o que nĂŁo ocorria desde o inĂ­cio da sĂ©rie, em 2012. Mas, ainda que o crescimento no quarto trimestre seja um dos maiores da sĂ©rie, ainda Ă© cerca de 3 milhĂ”es inferior ao recorde da sĂ©rie, de 2014, com 36,7 milhĂ”es”, disse a analista Adriana Beringuy.

A categoria dos empregados sem carteira assinada ficou em 11,9 milhÔes, eståvel em relação ao trimestre anterior, mas com acréscimo de 367 mil pessoas (3,2%) na comparação com o mesmo período de 2018. Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas foi o grupo de atividade que teve maior aumento no contingente de ocupados na comparação com o trimestre anterior, com acréscimo de 376 mil pessoas (2,1%).

Por outro lado, houve redução de 178 mil pessoas (2,1%) no grupo de agricultura, pecuĂĄria, produção florestal, pesca e aquicultura. JĂĄ na comparação com o Ășltimo trimestre de 2018, o maior aumento de pessoas ocupadas foi na indĂșstria, com 388 mil (3,3%) trabalhadores a mais. Alojamento e alimentação foi o que teve maior crescimento percentual, com 5,2%, ou 282 mil pessoas.

por Diego Garcia | Folhapress