segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Senado pode votar Pacote Anticrime ainda neste ano

Senado pode votar Pacote Anticrime ainda neste ano
Foto: Antonio Cruz/AgĂȘncia Brasil
Na reta final dos trabalhos antes do recesso parlamentar, senadores tentam um acordo para conseguir votar o Pacote Anticrime ainda neste ano.

Aprovado pela CĂąmara dos Deputados na Ășltima quarta-feira (4), o pacote reĂșne parte da proposta apresentada no inĂ­cio deste ano pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, e trechos do texto elaborado pela comissĂŁo de juristas coordenada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. As informaçÔes sĂŁo da AgĂȘncia Brasil.

A matĂ©ria que traz mudanças na legislação penal, como aumento de penas e novas regras para progressĂŁo de regime pelos condenados, acabou sendo aprovada pelos deputados sem polĂȘmicas que poderiam dificultar o avanço da proposta. Nesse rol, estĂŁo temas como prisĂŁo apĂłs condenação em segunda instĂąncia, que estĂĄ em discussĂŁo por instrumentos diferentes na CĂąmara e no Senado, o plea bargain, que prevĂȘ a redução de penas de acusados que confessarem ter cometido um determinado crime, e o excludente de ilicitude, que protegeria agentes de segurança que, por “violenta emoção, escusĂĄvel medo ou surpresa”, cometessem excessos no exercĂ­cio da função.

Para os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Eliziane Gama (Cidadania-MA), a retirada do Ășltimo ponto foi muito importante para que a proposta tenha clima favorĂĄvel Ă  votação no Senado.
Segundo Randolfe, o texto final aprovado pelos deputados ficou “bem razoĂĄvel” para receber o apoio do Senado. Na mesma linha, Eliziane Gama que no caso da supressĂŁo desse tema, a mensagem Ă© que “todos tĂȘm direito Ă  vida” e que quem nĂŁo respeitar esse direito deve ter punição exemplar.

Outro ponto que estå sendo considerado pelos defensores da votação no Senado ainda neste ano é que, às vésperas de um ano com eleiçÔes municipais, esse é o texto possível.

“Quem manda [ na pauta do plenĂĄrio] Ă© o [presidente do Senado] Davi [Alcolumbre, DEM-AP]. Se ele quiser, eu faço quantas reuniĂ”es forem necessĂĄrias [na ComissĂŁo de Constituição e Justiça], e a gente leva para plenĂĄrio”, disse a presidente da CCJ da Casa, Simone Tebet (MDB-MS). O texto precisa ser analisado pela CCJ antes de ser levado Ă  votação final por todos os senadores. Segundo a senadora, nesse caso, “qualquer coisa Ă© melhor que nada”. Para Simone, Ă© melhor garantir avanços em alguns pontos agora e, se for o caso, depois das eleiçÔes municipais, aperfeiçoar pontos na norma.

JĂĄ Wellington Fagundes (PR-MT) entende que o Pacote Anticrime Ă© uma demanda do Brasil e uma forma de fazer justiça para “quem mais precisa”. “O pacote tem instrumentos legais que podem oferecer Ă  sociedade segurança jurĂ­dica. Chega em boa hora, e vamos aprovar o mais rĂĄpido possĂ­vel”, afirmou.


por Folhapress